A criação desde Blog teve o objetivo inicial de discutir praticas pedagógicas ligadas ao uso das tecnologias e sala de aula, mas com o passar do tempo vi a possibilidade de trazer assuntos que poderiam ser trabalhados em sala de aula com meus alunos e divulgar/guardar seus trabalhos. O Blog permite a interação com meus alunos. Navegar em outros mares...é a possibilidade de aprender.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
Meios de transportes no Brasil
Infraestrutura de transportes no Brasil
A evolução nos meios de transporte nas últimas décadas provocou a modernização das malhas ferroviárias e rodoviárias em âmbito internacional. Os meios de transporte ficaram mais seguros e mais velozes e muitos aumentaram sua capacidade de transporte, acarretando uma diminuição nos custos, tanto com relação ao deslocamento de carga quanto de passageiros.
Mas, qual a real situação dos meios de transporte brasileiro?
Após assistir aos vídeos, responda a pergunta acima.
Brasil:evolução das redes de transporte (1975 -2005)
Quais as assimetrias na distribuição dessas redes?
Corredores de exportação - Principais produtos escoados
Rio Grande do Sul (RS) soja, arroz, carnes, calçados, óleos vegetais
Paranaguá (PR) café, soja, milho, algodão,madeira
Santos (SP) café, minérios, carnes, manufaturados
Rio de Janeiro (RJ) manufaturados, café
Vitória- Tubarão (ES) minérios, café, madeira
Recife (PE) açúcar
Belém (PA) castanha, madeira, borracha, minérios,juta, pimenta-do-reino
Itaqui (MA) minérios, arroz, soja
Portos especializados Produtos
Itaqui (MA) Minérios (ferro)
Areia Branca ( RN) Sal
Maceió (AL) Açúcar
Malhado (Ilhéus - BA) Cacau
Tubarão (ES) Ferro
Itaguaí (RJ) Minérios (ferro e carvão)
São Sebastião (SP) Petróleo
São Francisco do Sul (SC) Grãos, complexo soja
Imbituba ou Henrique Lages (SC) Carvão Mineral
Itajaí (SC) Pescado, carnes de frango, porco
Exercícios
1) A maior integração da Amazônia Legal à economia brasileira está baseada na estruturação de um sistema de circulação, envolvendo, principalmente, hidrovias e rodovias, conforme esquema abaixo.
Com base nesse esquema e em seus conhecimentos, identifique o eixo
a) hidroviário A e analise sua relação com os mercados interno e externo.
b) rodoviário B e analise a polêmica em torno da pavimentação dessa rodovia, considerando um impacto ambiental e um social.
2) As nações de grande extensão territorial têm nas hidrovias e ferrovias o centro de seus sistemas de transportes. No caso brasileiro, a ênfase é dada ao sistema rodoviário, responsável por 96% do movimento de passageiros e por 63% do transporte de carga.
a) Explique a predominância do transporte rodoviário no Brasil.
b) Qual a região de maior densidade viária e de maior fluxo de transporte considerando as cinco grandes regiões do IBGE? Justifique.
3) Sobre a distribuição espacial das principais vias de transporte, portos e aeroportos do país, analise as afirmações adiante.
( ) Há uma proporcionalidade entre as áreas das regiões geográficas do país e a concentração dos sistemas de vias de transportes, portos e aeroportos.
( ) Na Região Nordeste, as hidrovias indicadas situam-se sobre duas importantes bacias hidrográficas que atravessam a região: a do São Francisco e a do Parnaíba.
( ) Na Amazônia, os aeroportos domésticos se espalham por diversas cidades da região, em grande parte devido às dificuldades de outras formas de acesso - como o rodoviário e ferroviário - e para atender aos interesses das empresas extrativistas dos recursos minerais e florestais.
( ) Se consideradas as extensões das malhas viárias, constata-se uma menor atenção voltada ao sistema ferroviário brasileiro na atualidade.
( ) A concentração dos sistemas de engenharia de transporte na região sudeste e, de modo particular, no Estado de São Paulo, se explica principalmente pela importância econômica e demográfica dessa região e desse Estado no contexto nacional.
( ) Regiões de colonização mais recente, o Centro-Oeste e o Norte, apresentam situação muito similar no que diz respeito à importância do sistema hidroviário na interligação de suas cidades e na circulação de suas mercadorias.
4) De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil.
Huertas, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira.
Revista Transporte y território,Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).
A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pela(s):
A) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção.
B) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte.
C) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal.
D) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos.
E) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais.
Corredores de exportação - Principais produtos escoados
Rio Grande do Sul (RS) soja, arroz, carnes, calçados, óleos vegetais
Paranaguá (PR) café, soja, milho, algodão,madeira
Santos (SP) café, minérios, carnes, manufaturados
Rio de Janeiro (RJ) manufaturados, café
Vitória- Tubarão (ES) minérios, café, madeira
Recife (PE) açúcar
Belém (PA) castanha, madeira, borracha, minérios,juta, pimenta-do-reino
Itaqui (MA) minérios, arroz, soja
Portos especializados Produtos
Itaqui (MA) Minérios (ferro)
Areia Branca ( RN) Sal
Maceió (AL) Açúcar
Malhado (Ilhéus - BA) Cacau
Tubarão (ES) Ferro
Itaguaí (RJ) Minérios (ferro e carvão)
São Sebastião (SP) Petróleo
São Francisco do Sul (SC) Grãos, complexo soja
Imbituba ou Henrique Lages (SC) Carvão Mineral
Itajaí (SC) Pescado, carnes de frango, porco
Exercícios
1) A maior integração da Amazônia Legal à economia brasileira está baseada na estruturação de um sistema de circulação, envolvendo, principalmente, hidrovias e rodovias, conforme esquema abaixo.
Fonte: Huertas D.M. Da fachada Atlântica a imensidão Amazônica.2009.
a) hidroviário A e analise sua relação com os mercados interno e externo.
b) rodoviário B e analise a polêmica em torno da pavimentação dessa rodovia, considerando um impacto ambiental e um social.
2) As nações de grande extensão territorial têm nas hidrovias e ferrovias o centro de seus sistemas de transportes. No caso brasileiro, a ênfase é dada ao sistema rodoviário, responsável por 96% do movimento de passageiros e por 63% do transporte de carga.
a) Explique a predominância do transporte rodoviário no Brasil.
b) Qual a região de maior densidade viária e de maior fluxo de transporte considerando as cinco grandes regiões do IBGE? Justifique.
3) Sobre a distribuição espacial das principais vias de transporte, portos e aeroportos do país, analise as afirmações adiante.
( ) Há uma proporcionalidade entre as áreas das regiões geográficas do país e a concentração dos sistemas de vias de transportes, portos e aeroportos.
( ) Na Região Nordeste, as hidrovias indicadas situam-se sobre duas importantes bacias hidrográficas que atravessam a região: a do São Francisco e a do Parnaíba.
( ) Na Amazônia, os aeroportos domésticos se espalham por diversas cidades da região, em grande parte devido às dificuldades de outras formas de acesso - como o rodoviário e ferroviário - e para atender aos interesses das empresas extrativistas dos recursos minerais e florestais.
( ) Se consideradas as extensões das malhas viárias, constata-se uma menor atenção voltada ao sistema ferroviário brasileiro na atualidade.
( ) A concentração dos sistemas de engenharia de transporte na região sudeste e, de modo particular, no Estado de São Paulo, se explica principalmente pela importância econômica e demográfica dessa região e desse Estado no contexto nacional.
( ) Regiões de colonização mais recente, o Centro-Oeste e o Norte, apresentam situação muito similar no que diz respeito à importância do sistema hidroviário na interligação de suas cidades e na circulação de suas mercadorias.
4) De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil.
Huertas, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira.
Revista Transporte y território,Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).
A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pela(s):
A) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção.
B) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte.
C) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal.
D) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos.
E) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
Mauá 1 e Mauá 2
Após assistir aos dois vídeos, os alunos foram instigados a produzir colaborativamente um texto ou esquema abordando as temáticas dos vídeos.
Texto colaborativo da Turma 3A:
Após a Segunda Revolução Industrial, a modernização
ocorreu no Brasil onde foi introduzida nas fábricas a máquina a vapor. Essas
tecnologias foram importadas da Europa através dos portos, única via utilizada
para a exportação e importação. Barão de
Mauá financiou a construção de ferrovias e a criação do primeiro banco nacional
que guardava 40% dos depósitos brasileiros, com o incentivo das empresas
inglesas.
Em decorrência da evolução
tecnológica, ocorreu o surgimento do telégrafo, do telefone, dos bondes e do
sistema de saneamento básico - em áreas nobres.
Nesta fase, os nobres, comerciantes e
fazendeiros mudaram-se para as áreas centrais e nas suas adjacências foram
formados os cortiços pela população de menor poder aquisitivo, onde passaram a
vivenciar sérios problemas de infraestrutura e saúde pública. As demais regiões
brasileiras em geral sofriam com a desigualdade socioeconômica, sendo que a Região Sudeste era privilegiada em relação as demais.
A Região Nordeste vivenciava o
descaso do imperador, ocasionando a miséria e o analfabetismo. Os sertanejos
eram enviados para o norte por meio de passagens financiadas pelo governo para
trabalhar nos seringais. Desde então, ainda restam resquícios de descaso com a Região Nordeste.
Com o alto investimento estrangeiro
surgido das importações, houve a quebra de empresas nacionais, ocasionando a
falência do Visconde de Mauá. Enquanto isso, ainda houve investimentos na
tecnologia, como por exemplo, o desenvolvimento da eletricidade que
proporcionou o surgimento do telefone.
Texto produzido pela Turma 3B:
Europa – 2ª
Revolução Industrial
Produção cafeeira – Auge – Brasil – adquiriu capital
Necessidades: para exportação do produto – estradas de ferro
(1ª – 1854 – Barão de Mauá) - Investimento no centro do Brasil – Região Sudeste
(São Paulo e Rio de Janeiro).
- Investimento na exportação
- Falta de investimento nas indústrias nacionais, governo não
dava apoio (causando falência das empresas nacionais).
- Desigualdade social nos grandes centros urbanos e nas
regiões do Brasil: Cortiços – marginalizadas, falta de saneamento básico, com
isto a saúde da população era precária.
- O Norte do Brasil, não recebia investimento: ficou
desprovida de investimentos nas ferrovias e a população começou a migrar em
busca de melhores condições de vida.
- Os retirantes (NE) recebiam passagens de graça para trabalhar na
Amazônia, assim não iriam para os centros urbanos, onde o Governo não teria que cuidar
desta população.
- Tecnologia: Troca do óleo de peixe por vapor e troca do
vapor por eletricidade.
A Construção do Espaço Geográfico Mundial
Com o objetivo de fazer com que o aluno compreenda a formação do espaço geográfico mundial, foi abordado em sala de aula o processo de produção e organização da sociedade capitalista no continente europeu e as transformações que tal processo provocaram no mundo em consequência das Grandes Navegações.
Será abordado, portanto, a relação entre o desenvolvimento tecnológico e a exploração dos recursos naturais bem como suas consequências para o planeta.
Para verificar o compreensão do conteúdo abordado, foi solicitado a interpretação de dois poemas e a resolução das atividades, a fim de desenvolverem um posicionamento crítico em relação ao processo de construção do espaço geográfico mundial e as suas características e contradições contemporâneas.
Canto I - Parte I
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
(...)
Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
(...)
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
(...)
As embarcações eram, na maneira,
Mui veloces, estreitas e compridas:
As velas, com que, vêm, eram de esteira
Dumas folhas de palma, bem tecidas;
Mui veloces, estreitas e compridas:
As velas, com que, vêm, eram de esteira
Dumas folhas de palma, bem tecidas;
(...)
CAMÕES, Luis Vaz de. Os Lusíadas. Cotia: Ateliê, 2000.
O Homem,as viagens
O homem, bicho da Terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão,
Faz um foguete,uma cápsula,um módulo
Toca para a Lua
Desce cauteloso na Lua
Pisa na Lua
Planta bandeirola na Lua
Experimenta a Lua
Coloniza a Lua
Humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte – ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
Pisa em Marte
Experimenta/ Coloniza/ Civiliza
Humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado,que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro – diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
Vê o visto- é isto?
Idem/ idem/ idem.
O homem funde a cuca se não Júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa repetir o inquieto repertório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra – a terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
Só para te ver?
Não vê que ele inventa
Roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o Sol, falso touro
Espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
Do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo
Por o pé no chão
Do seu coração
Experimentar/ Colonizar/ Civilizar/ Humanizar/ O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.
ANDRADE, Carlos
Drumond de. As Impurezas do Branco. Rio de Janeiro. José Olympio,1973.
Após a interpretação dos poemas acima, foi solicitado aos alunos a elaboração de um painel (por grupo) comparativo com imagens que ilustram cada momento histórico da produção do espaço geográfico mundial.
Fonte: BIGOTTO, José Francisco. Geografia: sociedade e cotidiano 3 - espaço mundial. Páginas 7-21.
1ª edição. São Paulo: Escala Educacional, 2010.
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