A criação desde Blog teve o objetivo inicial de discutir praticas pedagógicas ligadas ao uso das tecnologias e sala de aula, mas com o passar do tempo vi a possibilidade de trazer assuntos que poderiam ser trabalhados em sala de aula com meus alunos e divulgar/guardar seus trabalhos. O Blog permite a interação com meus alunos. Navegar em outros mares...é a possibilidade de aprender.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
Mauá 1 e Mauá 2
Após assistir aos dois vídeos, os alunos foram instigados a produzir colaborativamente um texto ou esquema abordando as temáticas dos vídeos.
Texto colaborativo da Turma 3A:
Após a Segunda Revolução Industrial, a modernização
ocorreu no Brasil onde foi introduzida nas fábricas a máquina a vapor. Essas
tecnologias foram importadas da Europa através dos portos, única via utilizada
para a exportação e importação. Barão de
Mauá financiou a construção de ferrovias e a criação do primeiro banco nacional
que guardava 40% dos depósitos brasileiros, com o incentivo das empresas
inglesas.
Em decorrência da evolução
tecnológica, ocorreu o surgimento do telégrafo, do telefone, dos bondes e do
sistema de saneamento básico - em áreas nobres.
Nesta fase, os nobres, comerciantes e
fazendeiros mudaram-se para as áreas centrais e nas suas adjacências foram
formados os cortiços pela população de menor poder aquisitivo, onde passaram a
vivenciar sérios problemas de infraestrutura e saúde pública. As demais regiões
brasileiras em geral sofriam com a desigualdade socioeconômica, sendo que a Região Sudeste era privilegiada em relação as demais.
A Região Nordeste vivenciava o
descaso do imperador, ocasionando a miséria e o analfabetismo. Os sertanejos
eram enviados para o norte por meio de passagens financiadas pelo governo para
trabalhar nos seringais. Desde então, ainda restam resquícios de descaso com a Região Nordeste.
Com o alto investimento estrangeiro
surgido das importações, houve a quebra de empresas nacionais, ocasionando a
falência do Visconde de Mauá. Enquanto isso, ainda houve investimentos na
tecnologia, como por exemplo, o desenvolvimento da eletricidade que
proporcionou o surgimento do telefone.
Texto produzido pela Turma 3B:
Europa – 2ª
Revolução Industrial
Produção cafeeira – Auge – Brasil – adquiriu capital
Necessidades: para exportação do produto – estradas de ferro
(1ª – 1854 – Barão de Mauá) - Investimento no centro do Brasil – Região Sudeste
(São Paulo e Rio de Janeiro).
- Investimento na exportação
- Falta de investimento nas indústrias nacionais, governo não
dava apoio (causando falência das empresas nacionais).
- Desigualdade social nos grandes centros urbanos e nas
regiões do Brasil: Cortiços – marginalizadas, falta de saneamento básico, com
isto a saúde da população era precária.
- O Norte do Brasil, não recebia investimento: ficou
desprovida de investimentos nas ferrovias e a população começou a migrar em
busca de melhores condições de vida.
- Os retirantes (NE) recebiam passagens de graça para trabalhar na
Amazônia, assim não iriam para os centros urbanos, onde o Governo não teria que cuidar
desta população.
- Tecnologia: Troca do óleo de peixe por vapor e troca do
vapor por eletricidade.
A Construção do Espaço Geográfico Mundial
Com o objetivo de fazer com que o aluno compreenda a formação do espaço geográfico mundial, foi abordado em sala de aula o processo de produção e organização da sociedade capitalista no continente europeu e as transformações que tal processo provocaram no mundo em consequência das Grandes Navegações.
Será abordado, portanto, a relação entre o desenvolvimento tecnológico e a exploração dos recursos naturais bem como suas consequências para o planeta.
Para verificar o compreensão do conteúdo abordado, foi solicitado a interpretação de dois poemas e a resolução das atividades, a fim de desenvolverem um posicionamento crítico em relação ao processo de construção do espaço geográfico mundial e as suas características e contradições contemporâneas.
Canto I - Parte I
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
(...)
Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
(...)
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
(...)
As embarcações eram, na maneira,
Mui veloces, estreitas e compridas:
As velas, com que, vêm, eram de esteira
Dumas folhas de palma, bem tecidas;
Mui veloces, estreitas e compridas:
As velas, com que, vêm, eram de esteira
Dumas folhas de palma, bem tecidas;
(...)
CAMÕES, Luis Vaz de. Os Lusíadas. Cotia: Ateliê, 2000.
O Homem,as viagens
O homem, bicho da Terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão,
Faz um foguete,uma cápsula,um módulo
Toca para a Lua
Desce cauteloso na Lua
Pisa na Lua
Planta bandeirola na Lua
Experimenta a Lua
Coloniza a Lua
Humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte – ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
Pisa em Marte
Experimenta/ Coloniza/ Civiliza
Humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado,que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro – diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
Vê o visto- é isto?
Idem/ idem/ idem.
O homem funde a cuca se não Júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa repetir o inquieto repertório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra – a terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
Só para te ver?
Não vê que ele inventa
Roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o Sol, falso touro
Espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
Do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo
Por o pé no chão
Do seu coração
Experimentar/ Colonizar/ Civilizar/ Humanizar/ O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.
ANDRADE, Carlos
Drumond de. As Impurezas do Branco. Rio de Janeiro. José Olympio,1973.
Após a interpretação dos poemas acima, foi solicitado aos alunos a elaboração de um painel (por grupo) comparativo com imagens que ilustram cada momento histórico da produção do espaço geográfico mundial.
Fonte: BIGOTTO, José Francisco. Geografia: sociedade e cotidiano 3 - espaço mundial. Páginas 7-21.
1ª edição. São Paulo: Escala Educacional, 2010.
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