quinta-feira, 2 de maio de 2013

População brasileira







       Os dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicam que, no máximo 40 anos, a pirâmide etária brasileira será semelhante à da França atual. O país terá taxa de natalidade mais baixa e, com isso, média de idade maior. Há 50 anos, o país tinha o mesmo perfil etário do continente africano hoje: muitos jovens e crianças. Desde então, a população do país cresce em ritmo cada vez mais lento.
De acordo com o IBGE, a expansão demográfica média anual foi de apenas 1,17% nos últimos dez anos, ante 1,64% na década anterior. Nos anos 60, era de 2,89%.
        A projeção oficial da população do IBGE cravou 201.032.714 de pessoas vivendo no país em 2013. Eram 199.242.462 no ano passado.
    A partir de 2043, o país sofrerá um declínio de população, que terá prováveis implicações na economia com menos pessoas para produzir e gerar renda.
      A redução da população será acompanhada de um acelerado envelhecimento. O grupo de mais de 65 anos será mais de um quarto (26,7%) dos brasileiros em 2060. Hoje, representa 7,4%.
    O IBGE atribui o aumento do número de idosos à maior expectativa de vida e especialmente à queda da taxa de natalidade.
        Em 2013, a taxa de fecundidade ficou em 1,77 filho por mulher – em 2000, estava em 2,39 filhos. Desde 2007, o índice já é menor do que o necessário para repor a população – já que um casal tem de ter, ao menos, duas crianças para “substituí-los”.
Por trás desse novo perfil, está a mudança do papel da mulher, sua maior inserção no mercado de trabalho e o aumento da sua escolaridade.
    O Brasil terá de enfrentar em curto prazo os problemas causados pela queda populacional, que já ocorre em muitos países. Um país que perde população é uma sociedade em decadência. Há perda de poder econômico, menos pessoas em idade para trabalhar, para pagar impostos e para manter a Previdência dos mais velhos.
    No entanto, o envelhecimento da população não é “ruim”, mas, sim, “algo se comemorar”. As pessoas estão vivendo mais e isso é uma boa notícia.
       A mudança demanda ações de governo e da sociedade. Vamos precisar ampliar os serviços e os cuidados à população idosa. Ao mesmo tempo, serão menos necessários os serviços para as crianças.
       O país vive agora o chamado bônus demográfico: quando a população em idade ativa (de 15 a 65 anos) é maior do que a de crianças e idosos, dependentes do sustento desse outro grupoO país deve aproveitar esse período para investir em formação e treinamento do jovem para aumentar a produtividade.
      O país deve começar a se preparar para as transformações que já acontecem em países como a França. Temos a oportunidade de antecipar discussões como a da reforma da Previdência. Com um número de pessoas em idade ativa menor do que o de idosos, a solvência do sistema ficará ameaçada. Porém, até atingir esse estágio, o país será beneficiado pelo chamado “bônus demográfico”, caracterizado pela maior presença de adultos na sociedade. O predomínio da população produtiva vai dar condições de minimizar o impacto do envelhecimento nas contas públicas.
        A redução do número de crianças deve permitir ao país melhorar acesso e qualidade da educação sem aumentar muito os investimentos. Haverá também transformações no mercado de produtos e serviços. Com mais adultos e idosos, são esperadas mudanças nos serviços de saúde, na construção civil e até em lazer.
O país vai ter cada vez mais idosos levando vida ativa. A economia vai ter que se adaptar às novas necessidades de consumo dessa população.







A população brasileira está irregularmente distribuída no território, pois há regiões densamente povoadas e outras com baixa densidade demográfica.

Densidade demográfica - Brasil - 2010 - Fonte- Sinopse Preliminar do Censo Demográfico 2010, RJ, IBGE 2011

 A população brasileira se estabelece de forma concentrada na Região Sudeste, com 80.364.410 habitantes; o Nordeste abriga 53.081.950 habitantes; e o Sul acolhe cerca de 27,3 milhões. As regiões menos povoadas são: a Região Norte, com 15.864.454; e o Centro-Oeste com pouco mais de 14 milhões de habitantes.

O Sudeste é a região mais populosa do país por ter ingressado primeiramente no processo de industrialização, e hoje se encontra desenvolvida economicamente e industrialmente. O surgimento da indústria no Sudeste foi primordial para a urbanização e a concentração populacional na região, pois ela se tornou uma área de atração para trabalhadores de diversos pontos do país.

Em relação à densidade demográfica, a Região Sul ocupa o segundo lugar. As causas dessa concentração se devem principalmente pelo fato de a região ser composta por apenas três estados e pela riqueza contida neles, que proporciona um elevado índice de urbanização.

O Nordeste é a segunda região mais populosa, no entanto, a densidade demográfica é baixa, proveniente da migração ocorrida para outros pontos do Brasil, ocasionada pelas crises socioeconômicas comuns nessa parte do país.

O Centro-Oeste ocupa o quarto lugar quando se trata de população relativa. Isso é provocado pelo tipo de atividade econômica que está vinculada à agropecuária e que requer pouca mão de obra.



Fonte: http://www.brasilescola.com/brasil/a-populacao-brasileira.htm

 Leia o texto a seguir
“As casas do Rio de Janeiro, construídas em terreno úmido, não têm fossas. Todos os detritos domésticos são atirados de qualquer maneira em barris que de noite os escravos despejam no mar. Dá para adivinhar a natureza das emanações que exalam destes barris durante o dia, em meio aos terríveis calores que reinam no lugar. Por volta das seis, uma interminável procissão desemboca de todas as ruas e dirige-se para a praia. È o Rio de Janeiro começando o seu tratamento de limpeza, que entretanto não consegue livra-lo inteiramente das infecções que enchem as casas. Esses negros carregando o barril tradicional que os franceses chamam ‘barrete’ são como o símbolo da cidade.”
EXPILLY, Charles. Citado por MAURO, Fréderic. O Brasil no tempo de Dom Pedro II. São Paulo: Campanha das Letras, 1991. p.15


Desenho da revista carioca. A Semana Ilustrada, 1861. Escravos despejando detritos domésticos no cais do centro do Rio de Janeiro.

Explique por que, no período ilustrado no texto, não era possível a construção de fossas sanitárias no Rio de Janeiro e apresente a solução encontrada pela elite da cidade para a eliminação dos detritos domésticos

- Os escravos encarregados do despejo dos detritos domésticos eram chamados "tigres", possivelmente pela sujeira que restava na roupa desses trabalhadores ao carregarem barris de dejetos.




Palavras Cruzadas, utilizando o Programa Hot Potatoes.
file:///C:/Users/Angelita/Documents/BLOG/populacao2.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário