quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Web Quest População

       Para estudar a população brasileira, desenvolvi esta WebQuest para ser aplicada com meus alunos do 3º Ano do Ensino Médio, visando conhecer sobre a população brasileira, principalmente destacando o aumento do número de idosos na população brasileira.
       Com isto, espera-se que os alunos preparem-se para atender e conviver com esta parcela populacional, oportunizando uma qualidade de vida melhor e uma integração maior na sociedade.
       Abaixo, os folders produzidos pelos alunos: 

WebQuest



Trabalho realizado pelas alunas: Júlia, Layanne,
Maria e Talita - 3B



Trabalho dos alunos: Vitor, Caroline, Carolina,
Mariane e Maicon Willian - 3B



Alunos: Mateus Landerdahl Albanio, Émerson Lemos, 
Vinicius Pereira Farias e Bibiana Roballo.
Turma: 3B


Alunas: Amanda Mello, Camila Missio, 
Gabriela Schopf Pegoraro e Taiani Padilhos Pereira.
Turma: 3A


Produção: Daiane Wagner Jorge, Karine Nascimento Soares e
Laiane Bastos de Avila  Turma: 3B


sábado, 11 de maio de 2013

Por que não chove no sertão nordestino?

         Na realidade, chove no sertão, como é chamada a região de clima semiárido e vegetação de caatinga (em amarelo no mapa). Porém a quantidade de água registrada é baixa, com distribuição irregular no ano. Conheça os responsáveis por essa característica.
   




1. Fatores oceânicos:  Mesmo sob o Equador, a temperatura do mar nos litorais potiguar e cearense é mais baixa em relação às áreas adjacentes. Com baixa evaporação, há menos umidade presente. 



2. Influência do relevo: A serra da Borborema, que atravessa vários estados, impede a passagem das correntes atmosféricas úmidas que partem do oceano para o interior. Por isso chove mais no litoral. 


3. Frentes polares: As frentes polares - encontro de massas de ar diferentes - causam chuvas. Mas, como elas têm pouca força quando chegam ao Nordeste, predomina um quadro de estabilidade. 


4. Fatores atmosféricos: O Nordeste é uma área de alta pressão - com correntes de ar que transferem o calor para latitudes maiores -, situação que favorece a estabilidade do tempo e a ausência de chuvas.

Fonte Francisco de Assis Diniz, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e Diego Maia, professor da Unesp. 
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/nao-chove-sertao-nordestino-736936.shtml
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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Atividades variadas de Geografia

        O Site abaixo apresenta variadas atividades pedagógocas para se trabalhar na disciplina de geografia:

http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/cruzadas1/mapas/inicial_geografia.html

       A Aprendizagem pode e deve ocorrer de maneira diferenciada, não somente dentro do espaço escolar, o professor e o  aluno devem perceber que eles tem diferentes recursos pedagógicos, que irão lhes auxiliar neste processo, de aquisição do conhecimento.
Bons Estudos!!

sábado, 4 de maio de 2013

O Brasil em suas faces e atitudes

     Você percebeu que o Brasil é repleto de oportunidades e diversidades. Agora, você vai representar essas novidades de forma inovadora e artística.
Tema: O BRASIL EM SUAS FACES E ATITUDES - Retrato da economia, cultura e situação atual do Brasil.
      Projeto é um tipo de atividade escolar que visa dar a oportunidade a você de abordar temas estudados sob outros ângulos, de modo a desenvolver diversas competências, inclusive a de contextualização do conhecimento. Durante um ano de estudos, você acumula saberes, mas nem sempre consegue aplicar o que aprendeu a situações reais na família, na cidade, no lazer, no trabalho. O projeto representa um momento para você colocar em prática conteúdos e conceitos, de forma contextualizada e mais envolvente, além de possibilitar que você seja agente ativo e ousado em sua formação acadêmica, vencendo e superando dificuldades para desenvolver diferentes inteligências e vivenciar estudos autônomos.
      A expectativa é que  você transforme as ideias e impressões que possui sobre o tema proposto, O BRASIL E SUAS FACES E ATITUDES, num produto visual que, de maneira artística e inovadora, revelará qual a sua percepção e o conhecimento que apresenta sobre: os preconceitos e os problemas que as minorias enfrentam no Brasil, como a cultura brasileira se manifesta, situação e condições da economia e do mercado de trabalho brasileiros. 
Sugestão: Que elabore seu produto visual utilizando materiais diferentes de habitual.
Explore e abuse de outras formas de exposição e exibição, como telha colonial, pedras, material reciclado (PET, pneus, plásticos, vidros, roupas, calçados) vinil, CD ou DVD, caixas, vasos de cerâmicas, gaiolas e outros recursos de seu interesse. 
        Utilize e disponha nesse "objeto", colagens e montagem de figuras, imagens, palavras, charges, fotografias, letras de músicas, pinturas, desenhos, porém de forma artesanal, explorando todo o seu saber estético e artístico. Também, junto com o produto, produza um fôlder. Nele, o grupo abordará quais foram as visões, os valores e as ideias que inspiraram a elaboração do produto visual.

Fonte: Rede Católica de Educação, Geografia.





quinta-feira, 2 de maio de 2013

População brasileira







       Os dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicam que, no máximo 40 anos, a pirâmide etária brasileira será semelhante à da França atual. O país terá taxa de natalidade mais baixa e, com isso, média de idade maior. Há 50 anos, o país tinha o mesmo perfil etário do continente africano hoje: muitos jovens e crianças. Desde então, a população do país cresce em ritmo cada vez mais lento.
De acordo com o IBGE, a expansão demográfica média anual foi de apenas 1,17% nos últimos dez anos, ante 1,64% na década anterior. Nos anos 60, era de 2,89%.
        A projeção oficial da população do IBGE cravou 201.032.714 de pessoas vivendo no país em 2013. Eram 199.242.462 no ano passado.
    A partir de 2043, o país sofrerá um declínio de população, que terá prováveis implicações na economia com menos pessoas para produzir e gerar renda.
      A redução da população será acompanhada de um acelerado envelhecimento. O grupo de mais de 65 anos será mais de um quarto (26,7%) dos brasileiros em 2060. Hoje, representa 7,4%.
    O IBGE atribui o aumento do número de idosos à maior expectativa de vida e especialmente à queda da taxa de natalidade.
        Em 2013, a taxa de fecundidade ficou em 1,77 filho por mulher – em 2000, estava em 2,39 filhos. Desde 2007, o índice já é menor do que o necessário para repor a população – já que um casal tem de ter, ao menos, duas crianças para “substituí-los”.
Por trás desse novo perfil, está a mudança do papel da mulher, sua maior inserção no mercado de trabalho e o aumento da sua escolaridade.
    O Brasil terá de enfrentar em curto prazo os problemas causados pela queda populacional, que já ocorre em muitos países. Um país que perde população é uma sociedade em decadência. Há perda de poder econômico, menos pessoas em idade para trabalhar, para pagar impostos e para manter a Previdência dos mais velhos.
    No entanto, o envelhecimento da população não é “ruim”, mas, sim, “algo se comemorar”. As pessoas estão vivendo mais e isso é uma boa notícia.
       A mudança demanda ações de governo e da sociedade. Vamos precisar ampliar os serviços e os cuidados à população idosa. Ao mesmo tempo, serão menos necessários os serviços para as crianças.
       O país vive agora o chamado bônus demográfico: quando a população em idade ativa (de 15 a 65 anos) é maior do que a de crianças e idosos, dependentes do sustento desse outro grupoO país deve aproveitar esse período para investir em formação e treinamento do jovem para aumentar a produtividade.
      O país deve começar a se preparar para as transformações que já acontecem em países como a França. Temos a oportunidade de antecipar discussões como a da reforma da Previdência. Com um número de pessoas em idade ativa menor do que o de idosos, a solvência do sistema ficará ameaçada. Porém, até atingir esse estágio, o país será beneficiado pelo chamado “bônus demográfico”, caracterizado pela maior presença de adultos na sociedade. O predomínio da população produtiva vai dar condições de minimizar o impacto do envelhecimento nas contas públicas.
        A redução do número de crianças deve permitir ao país melhorar acesso e qualidade da educação sem aumentar muito os investimentos. Haverá também transformações no mercado de produtos e serviços. Com mais adultos e idosos, são esperadas mudanças nos serviços de saúde, na construção civil e até em lazer.
O país vai ter cada vez mais idosos levando vida ativa. A economia vai ter que se adaptar às novas necessidades de consumo dessa população.







A população brasileira está irregularmente distribuída no território, pois há regiões densamente povoadas e outras com baixa densidade demográfica.

Densidade demográfica - Brasil - 2010 - Fonte- Sinopse Preliminar do Censo Demográfico 2010, RJ, IBGE 2011

 A população brasileira se estabelece de forma concentrada na Região Sudeste, com 80.364.410 habitantes; o Nordeste abriga 53.081.950 habitantes; e o Sul acolhe cerca de 27,3 milhões. As regiões menos povoadas são: a Região Norte, com 15.864.454; e o Centro-Oeste com pouco mais de 14 milhões de habitantes.

O Sudeste é a região mais populosa do país por ter ingressado primeiramente no processo de industrialização, e hoje se encontra desenvolvida economicamente e industrialmente. O surgimento da indústria no Sudeste foi primordial para a urbanização e a concentração populacional na região, pois ela se tornou uma área de atração para trabalhadores de diversos pontos do país.

Em relação à densidade demográfica, a Região Sul ocupa o segundo lugar. As causas dessa concentração se devem principalmente pelo fato de a região ser composta por apenas três estados e pela riqueza contida neles, que proporciona um elevado índice de urbanização.

O Nordeste é a segunda região mais populosa, no entanto, a densidade demográfica é baixa, proveniente da migração ocorrida para outros pontos do Brasil, ocasionada pelas crises socioeconômicas comuns nessa parte do país.

O Centro-Oeste ocupa o quarto lugar quando se trata de população relativa. Isso é provocado pelo tipo de atividade econômica que está vinculada à agropecuária e que requer pouca mão de obra.



Fonte: http://www.brasilescola.com/brasil/a-populacao-brasileira.htm

 Leia o texto a seguir
“As casas do Rio de Janeiro, construídas em terreno úmido, não têm fossas. Todos os detritos domésticos são atirados de qualquer maneira em barris que de noite os escravos despejam no mar. Dá para adivinhar a natureza das emanações que exalam destes barris durante o dia, em meio aos terríveis calores que reinam no lugar. Por volta das seis, uma interminável procissão desemboca de todas as ruas e dirige-se para a praia. È o Rio de Janeiro começando o seu tratamento de limpeza, que entretanto não consegue livra-lo inteiramente das infecções que enchem as casas. Esses negros carregando o barril tradicional que os franceses chamam ‘barrete’ são como o símbolo da cidade.”
EXPILLY, Charles. Citado por MAURO, Fréderic. O Brasil no tempo de Dom Pedro II. São Paulo: Campanha das Letras, 1991. p.15


Desenho da revista carioca. A Semana Ilustrada, 1861. Escravos despejando detritos domésticos no cais do centro do Rio de Janeiro.

Explique por que, no período ilustrado no texto, não era possível a construção de fossas sanitárias no Rio de Janeiro e apresente a solução encontrada pela elite da cidade para a eliminação dos detritos domésticos

- Os escravos encarregados do despejo dos detritos domésticos eram chamados "tigres", possivelmente pela sujeira que restava na roupa desses trabalhadores ao carregarem barris de dejetos.




Palavras Cruzadas, utilizando o Programa Hot Potatoes.
file:///C:/Users/Angelita/Documents/BLOG/populacao2.htm

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Formação dos continentes


Objetos de Aprendizagem que facilitam a aprendizagem dos alunos, na hora de explicar sobre Placas Tectônicas e Deriva Continental.

Formação dos continentes

Placas tectônicas

África - Rift Valley

Bons Estudos!!!!!

domingo, 28 de abril de 2013

Cidadania


      Todos os anos, os professores da Rede Municipal e Estadual de Santa Maria, são convidados a participar do Programa Educação Fiscal de Santa Maria. E como a Escola na qual leciono esta engajada no Programa, encontramos o suporte pedagógico para desenvolver nossos conteúdos, abordando o tema na sala de aula. 
Para iniciar as atividades, foi abordado o tema Cidadania, assistindo ao vídeo abaixo.

     Este ano estou realizando esta atividade com a ajuda da Profª Jocemara (Química), a qual está realizando o Curso de Disseminadores da Educação Fiscal. Após assistirmos aos vídeos e realizarmos a reflexão sobre o assunto, os alunos foram instigados a produzir atividades que envolvessem o tema: Educação Fiscal e o Lúdico, produzindo atividades variadas, como jogos, HQs, paródias entre outras.
Abaixo, algumas produções de nossos alunos:
 Aluno Brayan 2B

Camila Luíse - 2B

Alunos: Henrique e Elisabete - 2B


 Título: The Lord of Cidadania
Alunos: Rigui e Borges

A HQ procura retratar a má aplicação do dinheiro arrecadado, com os impostos dos contribuintes, que tudo que compra e faz, está pagando por eles, e, alguns de nossos representantes aplicam as contribuições para seu próprio benefício e quem acaba sofrendo com isso é o cidadão, que não vê este retorno.
O objetivo de nossa HQ, é conscientizar as pessoas para que elas, investiguem, fiscalizem onde está sendo aplicado o dinheiro público e para que pensem melhor antes de escolher seus representantes. 
Alunos: Brayan, Júlia e Thales

Aluno: Nass, Alberto, Argenta e Maria Clara

Alunos: Danilo e Letícia - 2B

Fotos da Turma 2A, onde após a pesquisa, os alunos teriam que desenvolver uma atividade Lúdica ou HQ. Nas imagens abaixo os alunos estão aplicando na turma os jogos/ atividades produzidas por eles e ainda observando suas potencialidades e fragilidades. O colega poderia propor mudanças alterações caso necessário. A atividade proporcionou a interação com os jogos e ainda aprimorou o conhecimento sobre cidadania e tributos.

Educação Fiscal - slideshow

Jogos produzidos pelos alunos



Atividade Cidadania: http://www.educaplay.com/es/recursoseducativos/643930/educa__o_fiscal.htm

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Desenvolvimento e População


O MÉDICO HANS ROSLING MOSTRA A HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DO PLANETA NOS ÚLTIMOS DOIS SÉCULOS, TRANSFORMANDO ESTATÍSTICAS EM ANIMAÇÃO GRÁFICA 
População mundialPrograma "The Joy of Stats" da BBC 4.






sexta-feira, 12 de abril de 2013

Globalização

   A band de reggae maranhense Tribo de Jah compôs a música: Globalização, o delírio do Dragão, que retrata algumas questões relacionadas à globalização e à instauração de uma nova ordem  mundial. Assista ao vídeo.

Depois de ler e escutar a música, responda às questões:
a- Por que o compositor afirma que a globalização não trouxe "nada de novo"?
b- Qual é a visão do compositor sobre o sistema capitalista?
c- Você concorda com a visão sobre o capitalismo e o atual processo de globalização, apresentada pelo compositor? Justifique.


Fonte: Bigotto, josé Francisco. Geografia: Sociedade e Cotidiano 3 - espaço mundial. Página 35. 1 edição - São Paulo: Escala Educacional, 2010.



Respostas:
  • A) Porque o rico fica cada vez mais rico e o pobre fica cada vez mais pobre, porque as desigualdades sociais aumentam cada vez mais e também porque poucos possuem consciência social e não dão bola para a pessoa ao lado, só visam ganhar dinheiro, só visam o lucro.

    B) Sua visão é que o sistema capitalista estimula a continuidade da desigualdade social extrema e que o capitalismo tira das pessoas a preocupação com o próximo, e as pessoas acabam apenas vivendo em função de lucrar, ou seja, se tornam escravos do dinheiro para passar um "status" enquanto adquiri objetos na maioria das vezes desnecessários com dinheiro que não possui.
    C) Não, Porque Creio que o capitalismo é eficaz, pois estimula a inovação e a melhora, ou seja a desigualdade social nem sempre é gerada pela falta de oportunidade, mas na maioria dos casos por falta de iniciativa das pessoas para buscarem um ensino superior, para se tornarem um profissional qualificado, ou passando em concursos e ou abrindo negócios na iniciativa privada.
    Alunos: Felipe Del Fabro e Vagner
    2B

    a) Segundo o autor, a globalização não trouxe nada de novo, pois a exploração só mudou da Europa para os EUA e os outros países continuaram dependentes destes.

    b) O sistema de exploração que faz com que o bem de um, seja em benefício de outro e malefício do mesmo.

    c) Sim, pois ele conta a verdade que muitos não tem coragem de dizer.
    Alunos: Danielly Stefenon, Laurem Amaral, Rafael Michelon e Raul Paulo
    Turma 2B


    a) O compositor afirma que a globalização não trouxe nada de novo pois as pessoas com maior poder aquisitivo continuam com o capital em mãos e lucrando cada vez mais, já as pessoas com pouca renda continuam sofrendo com a violência, desemprego e exploração.
    b) A sua visão sobre o sistema capitalista é que o sistema aumenta as desigualdades sociais, desumaniza as relações sociais e torna o consumidor cada vez mais alienado.
    c) Concordamos com o autor sobre o capitalismo e suas desigualdades, sobre seu sistema predatório e sobre a desumanização das relações pois o capitalismo explora e exige o "sacrifício" humano ao tornar tudo mercadoria.
    Manoella e Julia 2B


    a)O compositor afirma que não há nada de novo,pois desde a 1° dit tudo continua igual.Os países subdesenvolvidos continuam os mesmos e a violência continua a mesma.O que mudou foi que o "poder" passou da Europa para os Estados Unidos.

    b)  A visão do compositor sobre o sistema capitalista é a pior de todas.  Alguns trechos da música justificam: "Não se importam coma fome com os direitos do homem".
    "Sugando o sangue do povo,de geração em geração".
    "É a lei infeliz do grande capital".

    c)Sim, concordamos com o compositor porque em palavras um pouco fortes o compositor disse tudo o que acontece no mundo de hoje e disse tudo o que acontece de verdade, sobre os políticos, sociedade e capital.

    Alunas:Brondani,Sant'anna e Vivian
    Turma:2B




domingo, 7 de abril de 2013

Privatizações



Significado econômico e político das privatizações 
As privatizações ocorrem quando uma empresa ou uma instituição estatal - grupos de investimentos, multinacionais, organizações estratégicas, entre outros - são vendidos para a esfera privada, quase sempre através de leilões públicos. Normalmente elas se processam quando estas empresas não estão mais proporcionando os lucros exigidos para se enfrentar um mercado competitivo ou quando elas atravessam crises financeiras sérias. Nos anos 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, diversas empresas públicas foram vendidas para o setor privado - Telesp, Companhia Vale do Rio Doce, Banespa, entre outras. Este processo tem ocorrido em todas as partes do planeta, pois é uma conseqüência natural da globalização, processo típico de nossos tempos. Os mecanismos de privatização modernos são descendentes das teorias econômicas de Adam Smith, portanto esta doutrina não é algo gerado pelo mundo contemporâneo.

Ao mesmo tempo em que os tradicionalistas defendem a privatização como algo essencialmente econômico, teóricos como Feigenbaum e Henig vêem esse processo como um evento inerente mais à esfera política, do que propriamente à economia e ao campo administrativo. A privatização foi amplamente inserida na práxis pelos governos Ford, Carter e Reagan, nos EUA, e pela gestão Thatcher na Inglaterra. O restante da economia mundial sofreu as influências marcantes destas administrações, que eximiam do âmbito estatal grande parte dos encargos públicos, transmitindo estas responsabilidades para a esfera privada. Na América Latina esse processo alcançou o ápice no governo de Augusto Pinochet, no Chile, em 1973.


Augusto Pinochet governou o Chile com poderes de ditador entre 1973 e 1990. Depois de liderar o golpe militar que derrubou o governo do presidente socialista eleito pelo voto direto, Salvador Allende, Pinochet implementou uma série de medidas neoliberais no Chile. A experiência chilena é considerada por historiadores e economistas como um "laboratório neoliberal".

No Brasil, embora alguns grupos nacionalistas ainda protestem e expressem sua indignação, as privatizações têm seguido um ritmo acelerado. Em grande parte este avanço se deve ao momento crítico que o Estado atravessa e ao próprio contexto econômico mundial, no qual só é permitido sobreviver se os competidores aceitarem as regras do jogo. Assim, a mudança de mãos das empresas estatais não encontra obstáculos que a detenha.


Desenvolvem-se atualmente vários estudos acerca dos efeitos destas privatizações maciças sobre a nossa economia, principalmente a respeito do choque causado por estas transações comerciais no montante dos déficits públicos, bem como das conseqüências destes impactos sobre a performance da economia mundial. Estes especialistas também têm chamado a atenção para um detalhe significativo - a velocidade com que o Estado tem se desfeito de suas instâncias econômicas, pode futuramente comprometer qualquer ingerência estatal na esfera da Economia, seja no sentido de definir os limites dos empreendimentos econômicos, seja na tentativa de tomar atitudes decisivas neste setor quando for necessário. As privatizações se instalaram definitivamente na América Latina nos anos 90, estimuladas pela ação do Banco Mundial e do FMI - Fundo Monetário Internacional -, que seguiram a orientação direta do conhecido Consenso de Washington, com a justificativa de que elas incrementariam o crescimento econômico destes países. 

(texto originalmente publicado no portal InfoEscola)





Realize uma pesquisa com seus avos, pais, que vivenciaram este período de privatizações, relatando suas opiniões:
- Na época foram prós ou contra a venda destas empresas públicas, e hoje o que observam?
- Na época, participaram de alguma manifestação, plebiscito, etc...
- São favoráveis ou contrários aos processos de privatizações?
- O que observam nos dias atuais - avanços ou retrocessos?
Responda a questão:
1- As privatizações são a única forma de modernização e dinamização do Estado no mundo globalizado em que vivemos?

- O trabalho poderá ser em dupla e entregue na forma de entrevista, reportagem e/ou vídeo.
Bom Trabalho!



Onde falta luz na CEEE Reportagem Zero Hora.

sábado, 16 de março de 2013

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH


    O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-ONU), dá ênfase à “notável transformação de um elevado número de países em desenvolvimento em grandes economias” e ao “impacto significativo no progresso do desenvolvimento humano” produzido nestes países.

O documento afirma que “a ascensão do Sul tem decorrido a uma velocidade e escala sem precedentes” e que “nunca, na história, as condições de vida e as perspectivas de futuro de tantos indivíduos mudaram de forma tão considerável e tão rapidamente”. Segundo o relatório, o mundo já atingiu a principal meta de erradicação da pobreza dos Objetivos do Milênio, que previa reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, o número de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia. O resultado é atribuído, sobretudo, a países populosos como Brasil, China e Índia que reduziram a percentagem de sua população em situação de pobreza. O Brasil passou de 17,2% em 1990 para 6,1% em 2009; a China, de 60,2% em 1990 para 13,1% em 2008; e a Índia, de 49,4% em 1983 para 32,7% em 2010.

O representamte do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, ressaltou que as projeções do estudo indicam que, até 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) combinado destes três países superará o PIB agregado das antigas potências industriais Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos.

O relatório também afirma que os países que apresentam maior progressão no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem em comum a presença do Estado pró-ativo no domínio do desenvolvimento; a expansão das relações comerciais, especialmente no eixo Sul-Sul – e políticas sociais inovadoras.

Apesar do destaque dado a países do Sul, o documento também ressalta que nenhum país apresentou em 2012 um IDH menor do que o apresentado em 2000, ao contrário da década precedente, na qual 18 países registraram um valor de IDH mais baixo em 2000 do que em 1990. “À medida que se acelerava o ritmo de progresso nos países com IDH mais baixo, verificava-se uma convergência notável nos valores de IDH a nível mundial, ainda que esse progresso tenha sido desigual dentro e entre as várias regiões”, diz o texto.

O número de países com IDH inferior a 0,25 (o índice varia entre 0 e 1) diminui de 33, em 1990, para 15 em 2012. No extremo oposto, o número de países com IDH acima de 0,75 aumentou de 33 para 59 no mesmo período.

A Noruega lidera o ranking, seguida de Austrália e Estados Unidos. Na outra ponta estão Moçambique, República Democrática do Congo e Níger.

O IDH da América Latina cresceu em média 0.67% por ano entre 2000 e 2012, sendo a região que apresentou o maior incremento. “Mas segue tendo a distribuição de riqueza mais desigual de todas as regiões do mundo”, alerta o relatório. Chile, Argentina e Uruguai são os países da região com os mais altos índices. Com o pior desempenho estão Haiti, Nicarágua e Honduras.

Brasil
Com um IDH de 0,73, o Brasil é considerado um país com “desenvolvimento humano elevado” pela ONU, ocupando a 85º colocação no ranking dos 187 países avaliados. Apesar dos enormes desafios que o Brasil ainda tem pela frente, Chediek destacou que o IDH do país cresceu 24% desde 1990, colocando-o entre os 15 países que mais reduziram seu déficit no índice.

O resultado brasileiro foi alcançado porque o país obteve melhoras nas 3 dimensões avaliadas pela ONU: saúde, educação e renda. Segundo a organização, a expectativa de vida no Brasil é de 73,8 anos; a média de anos estudados é de 7,2; a projeção de escolaridade atual é de 14,2 anos; e a renda per capita é de 10,185 dólares.

IDHM - Verifique o IDH de seu município.

Vídeo: IDHM IBGE

Mudanças na governança global
Diante dos avanços de países do Sul, o relatório insta a que sejam criadas novas instituições de governança global, uma vez que as atuais “foram concebidos com vista a uma ordem mundial muito diferente da atual, o que dá origem a uma sub-representação do Sul. As instituições internacionais, se quiserem sobreviver, precisam de ser mais representativas, transparentes e passíveis de responsabilização”, recomenda.

Além destas mudanças, o documento também alerta para que os progressos no IDH não sejam acompanhados pelo aumento das desigualdades de rendimento, padrões insustentáveis de consumo, despesas militares elevadas e uma fraca coesão social. Para superar os desafios a ONU propõe “melhorar a equidade - incluindo a dimensão do gênero; proporcionar uma maior representação e participação dos cidadãos - incluindo a dos jovens; enfrentar as pressões ambientais; e gerir as alterações demográficas”.

Confira aqui o relatório completo.

FONTE:  http://www.cartamaior.com.br/




O menino de Bangladesh
Marcelo Canellas

marcelocanellas@uol.com.br

O menino de Bangladesh trazia um irmão dentro de si. Caso raro na medicina: ainda no ventre da mãe, o organismo de um dos gêmeos absorveu o outro. Durante 16 anos, o menino de Bangladesh viveu, sem saber, com o feto do irmão numa cavidade de seu abdome. Até que um dia sentiu dores, os médicos o operaram e encontraram o improvável.

O menino de Bangladesh ficou triste porque seu irmão, pouco mais do que um embrião, estava morto. Não te entristeças, menino de Bangladesh, pois trazes no sangue a saga de teu povo, do antigo reino de Banga, que o Mahabharat, o grande poema épico do oriente contou numa de suas 100 mil estrofes.

Sobreviveste a provações milenares. Teus ancestrais sentiram o sabre do império britânico que veio, venceu e, pela força, renomeou tua terra: Bengala. Apesar disso, estás aqui. Quando tua velha nação virou um Estado independente, teus pais escaparam da carnificina fratricida que matou 3 milhões de compatriotas. Só por isso estás aqui.

Então não te entristeças, menino de Bangladesh, porque onde vives há um banheiro apenas para cada 50 famílias. E metade do teu povo vive em casebres de argila. A água que bebes é suspeita, menino de Bangladesh, porque teu país tem 5 milhões de poços contaminados com arsênico. Ainda assim, estás vivo. Tens grande chance de permanecer analfabeto, metade dos homens de teu país o é. Se nada mudar, podes morrer antes dos 57 anos. Mas tens só 16, menino de Bangladesh, tua juventude te salva.

O menino de Bangladesh não se conforma. Porque, para ele, estar vivo é pouco. Metade dos recém-nascidos de seu país pesa menos do que deveria. Por isso, muitas crianças morrem na vizinhança. O menino de Bangladesh sabia disso, mas não sabia que trazia um irmão morto dentro de si. Bangladesh é longe, fica incrustado na Índia, cercado pelas misérias e penúrias da desigualdade. Nada de extraordinário. Ninguém precisa ir a Bangladesh para saber disso. Notícia extraordinária é a tristeza de um herói sobrevivente, de um garoto chorando a morte do irmão e de todos os meninos pobres do mundo.




domingo, 3 de março de 2013

Brasil


É VERGONHOSO SER BRASILEIRO?


Com qual Brasil você se identifica?
Com o paraíso tropical, terra abençoada, habitada por gente alegre e hospitaleira?
Ou com o país recordista mundial de desigualdade social, onde os jornais estampam diariamente manchetes sobre violência, corrupção e miséria?
Afinal, ser brasileiro é motivo de orgulho ou de vergonha?
É isso o que o autor do texto a seguir se propões a discutir.

“Não há o menor sentido em termos vergonha de ser brasileiros.
As coisas das quais não nos orgulhamos em nosso país podem ser mudadas e, de uma forma ou de outra, estão sendo.
Os problemas que temos não são questões desconhecidas do resto do mundo.
São transtornos inerentes a todas as sociedades […].
Não há um único país no planeta que não tenha, em graus diferentes, situações similares às nossas, como o desemprego, a pobreza, o racismo, os preconceitos, a exploração, a corrupção, a criminalidade, a fome e etc.
O fato de dizermos que não são problemas tipicamente brasileiros, ou exclusivamente brasileiros, mas universais, não tem por objetivo diluir a sua gravidade em nosso país.
Mas apenas mostrar que não são fruto da nossa nacionalidade, como se fosse uma predisposição genética para sermos o que somos hoje. Trata-se de problemas sociais e culturais, fruto de nossa história, e, por essas características, podem ser modificados, não da noite para o dia, como gostaríamos, mas por meio de um árduo trabalho de transformação.
A primeira coisa que devemos fazer é nos perguntar qual é a relação que temos com a sociedade em que vivemos, e qual é a nossa parcela de responsabilidade perante ela. Isso é necessário para que possamos assumir nossa parte da responsabilidade pelas suas mazelas, como para agirmos no sentido de modificá-las. […]
Uma vez que tenhamos percebido qual a nossa parcela de responsabilidade pelos problemas existentes no Brasil, cabe verificar o que podemos fazer para mudar essa realidade.
Não há sentido aqui discutirmos o que cada um de nós pode fazer, pois as possibilidades são infinitas […]. Entretanto, o importante é entender que temos algo para fazer, pois problemas não nos faltam e ações para corrigi-los são necessárias. […]
[…] Se você acredita que a pobreza do país é culpa da indolência do brasileiro, pouco se pode fazer, pois, em tese, essa seria uma característica 'genética' do povo. Mas, se acredita que a pobreza é resultante da má distribuição de renda, da pouca formação educacional das pessoas, da ausência de oportunidades e condições para se alcançar patamares superiores de renda, você, para citar alguns exemplos, pode se engajar em um partido político para modificar as políticas governamentais ou o sistema econômico do país, filiar-se ou criar uma ONG (Organização Não-Governamental), para tentar modificar um aspecto da realidade, ou ser voluntário em algum exemplo comunitário do bairro, da sua igreja etc.
Há muitas formas de ser brasileiro.
Cabe a você decidir que tipo de brasileiro você quer ser, que tipo de ser humano deseja ser, pois ser brasileiro não é uma vergonha, mas, ao contrário, é uma possibilidade de realizar coisas maravilhosas, pois, como os demais povos, temos todas as possibilidades para viver melhor.”



Professor Marciano Dantas

https://docs.google.com/file/d/0BzOuTsGUEYRSX2VkYkxGU2t6MjA/edit?usp=sharing

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Volta as aulas sustentável


 http://artesanatobrasil.net/reciclando-embalagens-de-plastico-vazias/
    
      Uma maneira de começar um ano melhor e mais verde é investir na educação ambiental das crianças, que pode ter início dentro de casa. Com a volta às aulas, uma alternativa é optar por materiais escolares que sejam fabricados de maneira a reduzir ao máximo o impacto que esses produtos causam no meio ambiente.
     Primeiramente é de fundamental importância que se aproveite o maior número de itens do ano anterior. Portanto, mochilas e uniformes que estiverem em bom estado podem ser reaproveitados. Se não for possível aproveitar inteiramente os cadernos antigos a dica é arrancar as folhas não usadas que poderão ser reaproveitadas como rascunho ou bloquinhos de anotação. Outra opção consiste em desmontar diversos cadernos usados e juntá-los em um caderno só, assim as folhas novas que sobraram de cada um deles, podem ser reaproveitadas como um caderno novo, utilizando a capa de um desses cadernos desmontados. 
     Se a capa for um problema, uma dica é fazer recortes de revistas velhas, com temas e palavras do gosto da criança e colar sobre a capa. Para finalizar a arte basta passar uma pincelada de cola branca, o resultado é um caderno novinho e personalizado. As agendas antigas também podem ser aproveitadas como bloquinhos de anotações.
     Os livros podem ser comprados de alunos mais velhos ou em sebos. Uma dica é encapar para garantir que esteja em bom estado no outro ano para que seja útil a um próximo aluno. Essa opção significa economia de dinheiro e evita que mais árvores sejam cortadas para a produção de novos livros, além de fazer circular um material que ficaria parado e sem uso.
Na compra de novos produtos é importante atentar e optar pelos que têm menos embalagens. Produtos ecológicos, como cadernos com folhas recicladas ou aqueles que utilizam o plástico de embalagens longa vida para fabricação de capas, embalagens e pastas; canetas biodegradáveis fabricadas de PLA, obtidas a partir da fermentação do amido de milho já estão no mercado. Os lápis feitos de madeira de reflorestamento e certificada se decompõem na natureza em 13 anos e gasta 100 vezes menos energia que os lápis comuns, feitos em resina. Além disso, a árvore é aproveitada em sua totalidade na fabricação. Pequenos resíduos como galhos e folhas são aproveitados como adubo, a serragem é usada na geração de energia e a cinza é reaproveitada por indústrias na composição do cimento.
      Existem no mercado linhas de produtos feitos com embalagens recicladas como lápis, canetas, corretivos, etiquetas, papéis para notas e cola ou são feitos com fluidos à base de água. Com exceção dos corretivos líquidos, os itens são constituídos de pelo menos 50% de material reciclado. É interessante também optar por produtos não tóxicos e laváveis.
Por Fernanda D'Addezio -  Redação CicloVivo

Mais alguma dica? 

Oito maneiras de mudar o mundo


         O processo de Globalização evidenciou uma grande desigualdade socioeconômica, que se manifesta de diferentes maneiras. Isso acontece porque desiguais são os acessos ao capital, aos recursos naturais, à tecnologia, à educação de qualidade, à água potável, aos serviços de saúde e ao saneamento básico. 
         Para atenuar essas diferenças e melhorar a vida das pessoas no século XXI, a ONU (Organização das Nações Unidas) publicou em 2000 oito maneiras que podemos auxiliar para melhorar o mundo. 
        Estas metas devem assegurar a redução da pobreza extrema e o desenvolvimento sustentável em países não desenvolvidos até 2015. 




O desempenho brasileiro nas metas da Declaração do Milênio da ONU
O país e mais 188 nações assinaram, em setembro de 2000, a Declaração do Milênio, prometendo cumprir oito objetivos lançados pela Organização das Nações Unidas (ONU). O contrato termina no final deste ano, mas já é possível constatar que o país alcançou parte das metas — como no combate à fome e na redução da mortalidade infantil. No entanto, ficou a dever em outras cláusulas, pois a educação continua deficiente. Também foi abaixo da expectativa na diminuição das mortes de mães durante os partos. Entidades analisam o desempenho brasileiro e, inclusive, colocam em dúvida parte dos resultados. Houve avanços, é certo, mas não a ponto de solucionar os problemas.

  1)    Combater a fome e a miséria


A META: reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome. É considerado extremamente pobre quem recebe menos de US$ 1 (R$ 2,6) por dia.

CUMPRIU
Brasil: foi além da meta e reduziu o contingente de famintos de 25,5% (1990) para 3,5% (2012).
Mundo: a população miserável diminuiu de 47% para 22%, mas continua alta. Mais de 1,2 bilhão de pessoas seguem na penúria (165 milhões são crianças desnutridas).

A Organização das Nações Unidas (ONU) elogia o empenho do Brasil no combate à fome. O objetivo do milênio era diminuir a extrema pobreza pela metade, nos últimos 25 anos, mas o país foi além: alimentou seis a cada sete famintos. Em 2012, restavam 3,5% de miseráveis — número ainda expressivo, mas pequeno diante do que havia em 1990.

O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), do legendário Herbert de Souza, o Betinho, um dos precursores na luta contra a fome, confirma que o país ultrapassou as metas — segundo os critérios do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Francisco Menezes, consultor do Ibase, diz que a redução da pobreza é resultado de um conjunto de ações, de governos e da sociedade:
— O Ibase reconhece os avanços com as políticas sociais aplicadas nos últimos anos.
Entre as medidas, foram eficazes os programas de aquisição de alimentos da agricultura familiar e o plano nacional de nutrição nas escolas. O Ibase diz que o Bolsa Família proporcionou transferência de renda aos pobres, que aproveitaram para ir ao supermercado.
Feito o reconhecimento, o Ibase observa que, a partir de agora, será necessário diminuir a desigualdade entre classes. Menezes lembra que a fase é de estagnação econômica, não mais será possível que todos continuem beneficiados. A entidade faz outro alerta.
Na medida em que os índices de pobreza caem, o processo de redução fica mais lento. As pessoas que não foram contempladas, em função de sua própria fraqueza, tendem a continuar em dificuldades.
— É preciso atenção especial sobre os mais vulneráveis, como os povos indígenas e outras populações tradicionais — diz Menezes.

2) Atingir o ensino básico universal


A META: garantir que todas as crianças terminem o ciclo completo do Ensino Básico.

NÃO CUMPRIU
Brasil: o percentual de jovens entre 15 e 24 anos com pelo menos seis anos de estudo passou de 59,9% (1990) para 84% (2012). Mas o contingente dos que não concluem os ensinos Fundamental e Médio continua preocupante.
Mundo: não conseguiu universalizar a educação primária devido à lentidão da expansão do ensino.

A situação do ensino brasileiro pode ser comparada a um filme. No conjunto da obra, constata-se méritos em acesso à escola, maior tempo de aprendizado e menos repetência. No entanto, se o olhar se detiver sobre a fotografia, a imagem é precária. Um exemplo: apenas 9% dos alunos que concluem o Ensino Médio assimilam o que é ideal em matemática.
Quem costuma analisar a educação como se fosse uma película é o diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. Ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFP), ele elogia a expansão da rede de ensino, mas critica a qualidade das escolas.
— Se o filme melhorou, a fotografia é ruim — define.
O que incomoda Mozart, que presidiu o movimento Todos Pela Educação (TPE), é o baixo desempenho. De cada 100 alunos que terminam o Ensino Médio, apenas 27 aprendem o esperado em língua portuguesa.
Mais de 8% abandonam a escola antes de terminar o curso. O analfabetismo ainda priva 8,5% dos brasileiros — são 4,4% de gaúchos _ do direito básico de ler e escrever. Professores desmotivados e escolas sem atrativos completam esse quadro.
— A solução é reformar o currículo e melhorar a formação dos professores. Todos sabem. Mas não fazem nada — lamenta.
O TPE projeta que somente em 2022 os estudantes de oito anos estarão plenamente aptos em leitura, escrita e matemática. Em 2011, na última aferição, o nível de aptidão era de 56,1% (leitura), 53,3% (escrita) e 42,8% (matemática).

3) Igualdade entre sexos e autonomia da mulher




A META: eliminar a disparidade entre homens e mulheres na educação e no trabalho.
CUMPRIU PARCIALMENTE.
Brasil: considerando dados demográficos, a disparidade diminuiu. Em 1990, havia 136 mulheres para cada 100 homens no Ensino Médio. Em 2012, havia 125 para 100.

Mundo: ficou próximo da meta,  mas persistiram as  desigualdades.
A vontade da ONU é de que haja igualdade, em números, na participação de homens e mulheres na educação e no trabalho. O objetivo é um desafio para países onde os direitos femininos são desprezados. Não é bem o caso do Brasil. Aqui, é de difícil equação igualar o acesso dos dois sexos à escola e ao emprego, porque existem 100 mulheres para cada 95,9 homens. Pelo último censo demográfico, elas excedem o pelotão masculino em 3,9 milhões de pessoas.
Em 1990, no Ensino Médio, havia 136 mulheres para cada 100 homens. Em 2012, a proporção baixou de 125 para 100. O motivo da leve alteração é que aumentou o ingresso de meninos no Ensino Fundamental, o que repercutiu no Ensino Médio.
Para além da demografia nacional, há um fator que colabora para que o Brasil tenha um cenário mais positivo às mulheres. A coordenadora do Coletivo Feminino Plural, Telia Negrão, diz que o país conseguiu diminuir — não no patamar ideal — o contingente de adolescentes mães. Em outros países, meninas de 13 a 14 anos já são donas de casa e estão impedidas de estudar.
— Há um processo de socialização das mulheres — observa.
No mercado de trabalho, elas preenchem 59,5% dos empregos que exige um diploma superior. São maioria entre os profissionais com os maiores salários.

Há muitos exemplos de mulheres que se destacaram na política, na ciência, nos negócios, como líderes comunitárias, religiosas e ativistas em defesa de várias causas.

- Pesquise 1 exemplo de mulher que se destacou num destes segmentos e apresente para a turma. 

4) Reduzir a mortalidade na infância




A META: reduzir em 2/3 a mortalidade de crianças menores de cinco anos.
CUMPRIU
Brasil: alcançou a meta com certa folga e antes do prazo. A taxa de mortalidade infantil caiu de 62 (1990) para 14 em cada mil nascidos vivos (2012).

Mundo: não cumpriu a meta. Entre 1990 e 2012, o índice passou de 90 para 48 mortes por mil nascidos vivos, abaixo do esperado. Só em 2012, 6,6 milhões de crianças morreram por doenças que seriam evitáveis.
O Brasil conseguiu reduzir o índice de mortalidade infantil em 66,6%, nos últimos 25 anos. A conquista é chancelada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e tem o aval de entidades como a Pastoral da Criança, que atua em mais de 4 mil municípios do país. Mas há muito por fazer, especialmente nas regiões Norte e Nordeste e nas favelas do Sul.
Em 1990, a taxa era de 62 bebês mortos a cada mil nascimentos. Na última medição, em 2012, o índice recuou para 14, em um decréscimo de 77%. Superou com folga o objetivo proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU).
— Proporcionalmente, o Brasil é um dos países que mais reduziram a mortalidade infantil no mundo — destaca Clovis Boufleur, gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança.
Boufleur lembra que a economia brasileira cresceu, o abismo entre ricos e pobres foi atenuado (embora continue abissal), aumentou a escolaridade das mães e os nascimentos ficaram mais espaçados. Acrescenta que a comunidade se mobilizou e se multiplicaram grupos de voluntários.
A Pastoral da Criança é um dos exemplos _ e responsável pelos indicadores de hoje. Criada há 31 anos por Zilda Arns e o bispo católico Geraldo Majella Agnelo, tem mais de 200 mil voluntários, em todos os Estados, que visitam mensalmente casas onde há crianças. No Rio Grande do Sul, 231 municípios são beneficiados. Nas áreas cobertas, a taxa de mortalidade infantil é de 8,3 a cada grupo de mil nascidos.
— Nossa prioridade são os lugares mais pobres — diz o gestor.
Boufleur alerta que existem focos de pobreza em pelo menos 200 municípios do Norte e Nordeste e nas favelas metropolitanas do Sul. A corrupção também preocupa: o desvio de recursos impacta no atendimento às famílias e nas crianças.

5) Melhorar a saúde materna



A META: reduzir em 75% a taxa de mortalidade das gestantes. 

CUMPRIU PARCIALMENTE

Brasil: de 1990 a 2011, a taxa diminuiu 55% (de 141 para 64 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos). Falta avançar.

Mundo: não alcançou. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade materna diminuiu apenas 45%.
O maior desafio brasileiro, entre os oito objetivos do milênio, talvez seja o de ampliar a proteção às mães durante a gestação e o parto. É certo que a taxa de mortalidade materna diminuiu 55% nos últimos 25 anos, mas ainda está distante do mínimo aceitável. A cada 100 mil nascimentos, 64 mulheres não sobrevivem.
O Brasil superou outros países da América Latina nos esforços para reduzir a mortalidade de mães. Melhorou a estrutura de atendimento — agora 99% dos partos são realizados em hospitais. Cerca de 90% das gestantes fizeram pelo menos quatro consultas de pré-natal. No entanto, o gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clovis Boufleur, avisa que os serviços de pré-natal, parto e pós-parto ainda são precários em determinadas regiões.
— É preciso melhorar os cuidados durante os nove meses de gestação e nos dois primeiros anos de vida do bebê — recomenda Boufleur.
Houve avanços e retrocessos na saúde da gestante. O próprio Brasil se impôs um objetivo à parte, além dos traçados pela ONU, que é diminuir a mortalidade por câncer de mama e de colo de útero até o final deste ano. A meta para os tumores de colo de útero foi alcançada, mas a relacionada ao câncer de mama não.
Uma distorção que está sendo enfrentada é a do excesso de cesarianas. No Brasil, 56% dos partos são por cesárea — quase o dobro da média registrada nos Estados Unidos e o triplo do que ocorre na França. O Ministério da Saúde alerta que o procedimento, quando não é indicado por um médico, aumenta em até 120 vezes o risco de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o perigo de morte da mãe.


6) Combater a aids, a malária e outras doenças




A META: deter a propagação do HIV/aids e começar a inverter a tendência atual de contágio.

CUMPRIU PARCIALMENTE
Brasil: a taxa de detecção de HIV/aids se estabilizou na última década, ficando em torno de 20 para cada  100 mil habitantes diagnosticados por ano.  O coeficiente de mortalidade também diminuiu.
Mundo: não alcançou a meta de universalizar o tratamento de pacientes com HIV/aids. Em 2011, nos países em desenvolvimento, apenas 55% das pessoas infectadas dispunham de atendimento.
As mortes decorrentes da aids diminuíram a partir de 1990, estacionando no índice de 20 para cada cem mil pessoas diagnosticadas com a doença, o que significa que o Brasil cumpriu parcialmente a meta traçada pela ONU. Esta é a percepção oficial. Para as entidades que lidam com a epidemia, o país retrocedeu nos últimos anos.
A coordenadora do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids no Rio Grande do Sul (Gapa), Carla Almeida, critica a atual postura das autoridades. Diz que o vírus HIV passou a ser tratado somente do ponto de vista médico, sendo esquecidas as garantias aos direitos humanos. Ela aponta a vulnerabilidade das pessoas infectadas.
— Não se consegue enfrentar a discriminação, principalmente no mercado de trabalho — reclama.
Lançado em 1989, na década de surgimento da aids no país, o Gapa acompanhou os diferentes estilos dos governos. Carla lembra que o Brasil, em 2000, virou referência internacional por reduzir as mortes e o número de contaminados, graças a um programa que combinava diagnóstico, acesso à medicação e respeito. Agora, as ações governamentais se limitam a testar e tratar, sem cuidar dos reflexos.
— A epidemia perdeu visibilidade. Mas ela não é um assunto meramente biomédico, porque causa discriminação e preconceito — diz.
Há discordância sobre o suposto controle da doença. O Gapa ressalta que os índices estagnaram, mas em "patamares elevadíssimos". O Estado lidera o ranking nacional há oito ano, com 41,3 novos casos por cem mil habitantes.  


7) Garantir a sustentabilidade ambiental



A META: praticar o desenvolvimento sustentável e reverter a perda de recursos ambientais.

CUMPRIU PARCIALMENTE
Brasil: reduziu as taxas de desmatamento nos biomas. A população urbana em moradia precária caiu de 53,3% (1992) para 36,6% (2012).

Mundo: melhorou, mas não cumpriu. A população sem acesso a água potável foi de 24% para 11%, entre 1990 e 2010, abaixo do necessário.
O país teria reduzido a taxa de desmatamento das florestas, principalmente na Amazônia? Pelo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), sim, o Brasil conseguiu chegar à meta. Já as entidades ambientalistas alertam que a devastação prossegue acelerada, pondo em risco a biodiversidade, os animais selvagens e os povos indígenas da região.

Desde 1999 com bases na Amazônia, o Greenpeace adverte que "o ritmo de destruição segue par a par com a grandiosidade" da maior floresta do planeta. Entre 1550 e 1970, o desmatamento não passava de 1%. Nos últimos 40 anos, foram arrasados 18% da Amazônia brasileira. É uma área equivalente à soma dos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

O Greenpeace duvida da sinceridade de propósitos do governo. Lembra que foi concedida uma anistia a quem desmatou ilegalmente, após pressão da bancada ruralista no Congresso Nacional. A medida enfraqueceu a fiscalização, permitindo a expansão da agropecuária na Amazônia. Florestas foram derrubadas para a plantação de soja e a criação de gado em pastagens artificiais.

"As taxas anuais de desmatamento na Amazônia brasileira, que haviam caído nos últimos anos, aumentaram 28% entre agosto de 2012 e julho de 2013" diz o informe do Greenpeace.

Outros biomas, como o pampa e o cerrado, também estão minguando com o avanço das lavouras. Para o Greenpeace, o agronegócio está se sobrepondo à agenda ambiental nos últimos governos.

8) Juntos pelo desenvolvimento



A META: promover ações voluntárias na comunidade.
CUMPRIU
Brasil: mais pessoas se doaram a trabalhos voluntários, enquanto a diplomacia brasileira colaborou no cenário internacional.
Mundo: diminuiu a cooperação dos países ricos com as nações em desenvolvimento. A queda de recursos foi de 0,3 pontos percentuais, entre 2010 e 2012. Brasil e Turquia estão entre os mais cooperativos.
Encontrar pessoas que ajudem o próximo de forma desinteressada, não deixando só para o Estado as tarefas sociais, permanece na agenda de urgências do Brasil. Não existem estatísticas, mas o consenso é de que o número de voluntários aumentou nos últimos 25 anos, e tem potencial para crescer.
A presidente da ONG Parceiros Voluntários, Maria Elena Johannpeter, lembra que era como semear no deserto propor ações de maior responsabilidade social, duas décadas atrás. A situação foi mudando. Empresários perceberam que participar de projetos comunitários é saudável aos negócios.
— As empresas criaram institutos ou fundações, passaram a incentivar o voluntariado empresarial — destaca Maria Elena.
Há 10 anos, a Parceiros Voluntários começou a atuar com alunos de escolas públicas e privadas, desde o infantil até o Ensino Médio, estimulando atitudes solidárias e de cidadania. Maria Elena diz que os resultados já são perceptíveis. E aposta que as crianças e os jovens multiplicarão a rede de voluntários no futuro próximo.

A projeção é promissora, porque a responsabilidade social estará bem aflorada — prevê a presidente da entidade.

Por Nilson Mariano
FONTE: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/01/o-desempenho-brasileiro-nas-metas-da-declaracao-do-milenio-da-onu-4678531.html

Como está a situação de sua cidade? Descubra no endereço www.portalodm.com.br

Formem grupos e respondam as perguntas abaixo: 

a- Você concorda que essas atitudes realmente melhorariam o mundo?
b- O que você faz para que elas realmente aconteçam?
c- Crie em um cartaz 1 maneira para melhorar o mundo, ilustre, apresente para a turma.