segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Nordeste Brasileiro - HQ



Especialistas discutem sobre a seca do Nordeste e a viabilidade da transposição do Rio São Francisco
O Nordeste sofre a pior seca das últimas décadas:
Cerca de 10 milhões de pessoas estão sendo atingidas, milhares de cabeças de gado já morreram e 1300 cidades (contando as do Nordeste e de Minas Gerais) estão em situação de emergência. A transposição das águas do Rio São Francisco, que deveria ficar pronta agora em 2012, segundo as previsões iniciais, está com menos da metade das obras concluídas. Restam aos sertanejos algumas medidas de ajuda emergencial do governo, como o Bolsa Estiagem, que foi prorrogado por mais dois meses, e a distribuição de milho para alimentar o gado.

Para o coordenador do grupo de Análise Internacional da USP, Ricardo Sennes, “a grande questão não é a seca em si, é como o homem está se preparando para gerenciar esses períodos”. A explicação dele é que as secas fazem parte dos ciclos naturais, não podem ser evitadas. O que pode – e deve – ser feito é pensar em políticas viáveis para preparar a região para estas fases, e de uma forma que não se restrinja à distribuição direta de água: “Parece que dando água resolve o problema daquela população. Não é assim. Não é só um problema de acesso à água. Ele é acesso à água, à tecnologia de produção, a escoamento de produção”, afirma.


O cientista político Carlos Novaes também não vê em obras como a do Rio São Francisco o fim para o problema do Nordeste: “Definitivamente, não é a solução”, garante. No caso específico desta transposição, o cientista político defende que se trata de um erro, em todos os sentidos, e “o principal é que o dinheiro que se prevê gastar na transposição do rio daria para fazer uma série de pequenas obras, espalhadas pelo semiárido”. Ele também vê esta obra como possível desencadeadora para o agravamento de uma desigualdade social: “Ela vai é valorizar áreas de margem que são de grandes fazendas. Ou seja, a transposição do Rio São Francisco é a repetição de um processo de onerar o poder público em função de interesses privados concentrados”. O cientista argumenta que as pessoas mais pobres não terão acesso como o prometido à água.

Fonte: Jornal Cultura



Trabalhos realizados pelos alunos, retratando a indústria da seca, no nordeste brasileiro.
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Alunas:  Alice, Estela e Melinda.
     
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                                          3)



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